quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Call 911...


Eu fui ao hospital, perguntar ao medico o que eu tinha mas quem me atendeu foi uma enfermeira, muito bonita, educada e que agora estudava medicina. Eu comentei que nao me sentia bem, estava mal, aparentemente ela suspeitou que fosse algo grave. Fizeram tantos exames que sinceramente nao me lembrarei daqueles nomes, mas  ela se preocupou com minha pressão arterial, subia cada vez mais. Nao importava quantos procedimentos  fizesse o aumento da frequência cardíaca continuava a preocupar toda a equipe. O medico então chegou e constatou que eu precisava de um feedback negativo de dopamina, norepinefrina e endorfina, mas ainda assim a euforia, a busca por satisfação e sensação indisfarçável de felicidade nao parava. Eu nao estava mais compreendendo nada nessa altura do campeonato, nao tinha sentido algum toda aquela muvuca em cima de mim no hospital, eu dizia que estava bem e o medico dizia que tudo nao passava de Ocitocina. Acho que todos que estavam de plantão aquele dia ficaram me cuidando naquele hospital, até que decidiram me internar. Eu estava quase ligando para a polícia, nao havia cabimento me internar num hospital, eu estava completamente normal, mas como era por apenas um dia eu aceitei a loucura do medico. Chegou a noite, fui dormir. Nunca vi tanto jaleco, tanto medico ao meu redor, chegava até perder um pouco do sono, mas consegui dormir. No dia seguinte acordei e esperava encontrar a enfermeira que havia me atendido,  mas veio uma medica, ela me examinou e disse que eu teria que ficar mais um dia no hospital. Absolutamente nao concordei com aquele surto, estava quase eu mesma encaminhando aqueles médicos à psiquiatria! Ela me explicou que tive uma queda de pressão fora do normal e meus batimentos cardíacos estavam lentos demais, estava preocupante a situação. Obviamente ninguém sabia o que eu tinha, até que a enfermeira apareceu. Ela não compreendeu o porque de toda aquela situação, o monitor cardíaco começou a apitar com uma certa velocidade, os batimentos estavam voltando, confesso que fiquei constrangida, achei desnecessário o monitor fazer aquilo comigo. A medica perguntou o que eu havia tomado, o que fiz, o que me levou ao hospital. Os médicos ficaram um pouco constrangidos mas pediram que a enfermeira se aproximasse e era realmente constrangedor como os batimentos aumentavam, a pressão subia e estava nítido que o diagnóstico era paixão. Eu já sabia desde o primeiro momento, a medica perguntou o que me levou ao hospital, acontece que era somente um resfriado.