Eu havia me esquecido que
escrever me confortava.
Como eu poderia esquecer que
escrever tanto me aliviava?
Eu estava aqui fazendo chuva em meus olhos, sem
saber como fazer o sol chegar.
Quanto mais o verão for quente, quanto a mais a
temperatura subir, saiba que a tempestade virá forte.
Tudo quando muito intenso, o reverso ocorre na mesma
intensidade.
E nada como um dia após o outro, assim segue o
segundo, o minuto, a hora, o dia e a vida.
Mas quem perdeu uma vida, perde-se vários dias,
perde-se várias horas, minutos e segundos de verão.
E ganha-se dias de tempestade.
E o que fazer quando a tempestade chegar?
Bem, eu me aconselho a dançar na chuva.
Dançar porque eu paguei para ver, paguei para
ver a sensação mais gostosa e a que mais me dói.
Mas se de alguma forma for ruim dançar na
chuva, digo que pior é aprender a dançar na escuridão.
Eu gosto de dançar na chuva, gosto de pagar o
preço por ter amado alguém.
O meu coração, remendado, colado já não precisa
mais de um guarda-chuva.
Gosto do preço de ter uma lagrima e um sorriso.
Amar alguém é como um dia de sol e perder alguém é um dia de chuva.
Depois da chuva, vem o sol e após o sol, vem a
chuva.
Dance na chuva, dance na dor e dance para
aqueles que não te valorizaram o amor.